Integrante da Pastoral do Povo da Rua, o padre Júlio Lancellotti se viu envolvido em polêmica após denunciar, em 2007, ser vítima de uma tentativa de extorsão por parte de um ex-interno da Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem) de São Paulo - atual Fundação Casa. Um grupo de quatro suspeitos, liderados por Anderson Batista e sua mulher, Conceição Eletério, acusava o padre de manter relações sexuais com adolescentes e de desviar recursos de organizações não governamentais (ONGs).
À polícia, Lancellotti disse ter repassado ao grupo cerca de R$ 80 mil, após receber seguidas ameaças de Batista, que dizia manter um relacionamento homossexual com o sacerdote. A defesa do ex-interno afirmava que Batista teria recebido do padre mais de R$ 600 mil durante oito anos e que eles mantinham relações sexuais. Levados a julgamento em 2008, os quatro foram absolvidos por falta de provas. Entretanto, em 2011, após nova denúncia de extorsão, Anderson e Conceição foram novamente presos e, no ano seguinte, condenados a sete anos e três meses de prisão pela 25ª Vara Criminal da Barra Funda, em São Paulo.
