Acusada de participar do esquema de corrupção no governo do Distrito Federal conhecido como 'Mensalão do DEM', a promotora Deborah Guerner foi presa em abril de 2011, suspeita de forjar insanidade mental em exames médicos feitos a pedido da Justiça.
A promotora havia aparecido em um vídeo no qual ela simulava insanidade. Gravações de encontros dela com o psiquiatra paulista Luis Altenfelder Silva Filho, captadas pelo circuito interno da casa da promotora e apreendidas com autorização da Justiça, mostram detalhes da armação, na qual ela era treinada para ser reprovada num teste de sanidade mental. Deborah queria ser considerada doente por peritos judiciais e conseguiu ser afastada, em dezembro de 2010, de suas funções no Ministério Público do Distrito Federal.
Diante das evidências de fraude, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região negou, por unanimidade, um pedido de inimputabilidade da defesa de Deborah Guerner. Desta maneira, ela poderá responder pelos crimes de que é acusada: concussão (ato de exigir dinheiro ou vantagem em razão da função), violação de sigilo funcional, formação de quadrilha e extorsão.
