quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Liberado, condenado volta a atacar crianças

Entre dezembro de 2009 e janeiro de 2010, sete jovens com idades entre 13 e 19 anos desapareceram em Luziânia (GO). O mistério terminou apenas em abril, quando o pedreiro Adimar Jesus da Silva foi preso acusado de abusar sexualmente e matar os rapazes. Ele, que estava em liberdade depois de cumprir parte de uma pena por atentado violento ao pudor, confessou os crimes e se disse arrependido.
O caso levantou polêmica porque, meses antes de cometer os crimes, laudos médicos haviam atestado que ele não demonstrava indícios de doença mental e que poderia receber o benefício do regime semiaberto. Segundo o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF), que autorizou a saída de Adimar do presídio, os laudos indicavam que Adimar se apresentou com polidez e coerência de pensamento e demonstrou crítica acerca dos comportamentos a ele atribuídos. Na segunda avaliação, o psiquiatra informou que ele não demonstrava indícios de doença mental ou a necessidade de medicação controlada, além de apresentar bom comportamento na prisão.
Com base nos laudos, o TJ-DF permitiu as saídas temporárias quinzenais e o trabalho externo. Entretanto, o Ministério Público alertou a Vara de Execuções Penais de Brasília de que o ex-detento precisaria ser rigidamente fiscalizado para que a dignidade e a integridade sexual de crianças fosse resguardada. Pouco mais de uma semana após a recaptura, o pedreiro foi encontrado morto na cadeia. Segundo a polícia, ele improvisou uma corda com uma tira do tecido que revestia o colchão e se enforcou quando estava sozinho na cela.
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