Assassino de cartunista vai para casa psiquiátrica
O cartunista Glauco e seu filho foram mortos na madrugada do dia 12 de março de 2010, com quatro tiros cada, na residência da família, em Osasco (SP). Os dois chegaram a ser levados para o Hospital Albert Sabin, mas não resistiram aos ferimentos. Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, assassino confesso das vítimas, foi preso dois dias após o crime, quando tentava fugir para o Paraguai em um carro roubado.
Em 2011, a Justiça Federal do Paraná considerou que Cadu não tinha consciência de suas atitudes e determinou que ele permanecesse internado em um complexo psiquiátrico do Estado. A Justiça acatou parecer do Ministério Público, que considerou que o réu sofria de esquizofrenia paranoide e, por isso, era incapaz de perceber a gravidade de seus atos. A Procuradoria afirmou também que a doença teria sido agravada pelo consumo de substâncias alucinógenas, pelo fanatismo religioso e pela crença no sobrenatural. No dia dos crimes, ele estava sob efeito de maconha e haxixe.
Cadu era membro da Igreja Céu de Maria, cujos cultos eram realizados na casa de Glauco. A seita segue a filosofia do Santo Daime, prática religiosa cristã, ecumênica, que repudia todas as formas de intolerância religiosa. Durante os cultos, os seguidores tomavam o chá do Santo Daime. Para eles, a bebida amplia a capacidade perceptiva, criativa, cognitiva e de discernimento, elevando a consciência do ser humano.
