quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Morte choca o Paraná

A morte do bancário Miguel Donha (foto) chocou o Paraná no início de 2000. Assassinado no dia 21 de janeiro daquele ano, Donha era filiado ao PPS e o principal nome da oposição para a disputa das eleições para prefeito do município de Almirante Tamandaré, na Grande Curitiba, que na época era comandada por César Manfron, candidato à reeleição. Na noite do crime, ele e sua mulher, Iara, retornavam de um casamento quando foram abordados por dois homens no portão da chácara do casal. Ambos foram levados até Rio Branco do Sul e, no trajeto, Iara foi abandonada pela dupla. Em seguida, os criminosos dispararam contra as pernas de Donha, que teve uma artéria perfurada e não resistiu.
Três semanas após o crime, a polícia prendeu o mecânico Edson Farias, acusado de ser o autor dos disparos. Edson identificou seu comparsa apenas como Zé e disse que havia sido contratado por um motorista da prefeitura, Antônio Martins Vidal, o Tico Pompílio, para dar um "susto" em Donha. Em troca do serviço, Edson receberia R$ 300 e um cargo na prefeitura. O irmão do prefeito, Ademir Manfron, chegou a ser citado nas investigações por participação no crime, mas ainda não foi levado a julgamento. Edson, Tico Pompílio e um cunhado do motorista foram assassinados no decorrer do processo, enquanto Zé permanece foragido. Para a família, o motorista da prefeitura seria apenas o contratante do crime, restando à Promotoria a tarefa de identificar os verdadeiros mandantes.foto